Gata de Rodas - São Paulo Cycle Chic

domingo, 20 de setembro de 2009

Vida de aventura

Na cidade, eu adoro pedalar com improváveis vestidos e saltinhos. No começo, parece absurda a ideia de que você não precisa comprar roupas especiais para andar de bike - talvez porque nosso imaginário seja excessivamente martelado na mídia por roupas de lycra e acessórios esportivos. Tenho amigas que até já tomaram "broncas" no trânsito por pedalar de salto... O interessante é que com a prática, pedalar é cada vez mais normal e banal (no sentido de não exigir grandes preparações), e hoje, eu mal penso se o que vou vestir combina com bike. Já me aconteceu de decidir se ia de bike ou de carro no elevador, sem nem ter pensado se a roupa do dia era pedalável. Aliás, boa parte do meu guarda-roupa é pedalável (porque não gosto de saias curtíssimas nem de roupas justas demais, sem caimento. Pura frescura).

Maaaas... Gata de Rodas também é aventura. Ao mesmo tempo em que a peruinha incontrolável adora ter um cestinho e fazer piquenines chiques com vinho branco geladinho e toalhas xadrez, existe um ser sedento de adrenalina por trás da maquiagem. Há três semanas, viajei para Curitiba com a Bicicletada e depois da pedalada curitibana na cidade, encaramos a Serra da Graciosa. Foi meu batismo. Descendo numa curva cheia de cascalho e empurrada por um grupo de ciclistas que participava de uma prova de crosscountry na mão contrária, derrapei. Quatro pontos no joelho, uns dez dias de home office, mais mas duas semanas sem pedalar e cá estou de volta. E pensando nas próximas aventurinhas já. Toda feliz de ter comprado uma mochila cargueira, que espero que seja uma grande companheira de aventuras, e sonhando com todos os lugares que posso conhecer, movida pelos próprios pés e pernas (o mais diesel-free que eu puder).

Dois doidinhos queridos estão me pilhando nessas pirações e me ajudando um monte: Lex Blagus e Joana Rocha. O Blagus tem um blog de aventuras fantástico (do qual sou humilde revisora), turbinado pelas lindas fotos da Joana. Depois de agitar uma ida à Adventure Fair desse ano (que eu cabulei, confesso), ganhei essas fotos dela. Prova cabal e inquestionável que até com um pique esportivo, a gente pode e deve ter estilo.


9 comentários:

  1. Hello !

    Se eu não lesse seu blog, nunca aceitaria a idéia que vocês poderiam pedalar com vestidos e saltinhos, mas, ao pensar bem, não há nada mais vintage do que uma bela mulher pedalando de vestido florido. E nada mais sexy do algo vintage.

    Seguindo a mesma linha de raciocínio, eu tinha uma linda calça cargo e o calçado mais adequado àquela calça era inacreditavelmente um patins marrom (e sem ficar parecendo um mano da ZS).

    Conte sempre conosco para pilha-la !!!
    beijos

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  2. Foi lendo o Gata de Rodas que comecei a aposentar minhas lycras, pelo menos na cidade.

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  3. Pior que comprei mais duas lycras esse fim de semana... #vergonha

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  4. ah! esqueci de comentar: estou criando um novo sitezinho pra concentrar minhas "coisas bicicleteiras" por lá... tem blog, fotos, vídeos... tudo junto.

    www.laurabicicleta.multiply.com

    beijinho! =)

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  5. ... bora pedalar juntas e tornar a rua ais linda com nossas saias e sapatinhos! rs...

    Feliz que você já está recuperada e anciosa pra nossa pedalada juntas, em que a lycra fica em casa (inclusive essas duas que você acabou de comprar!!!) e o estilo se mostra livre, leve, solto e chic!

    ... um beijo!

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  6. Cycle Chic de homem é pedalar de calça comprida. Jjá este ano pedalei na cidade quase o tempo todo de jeans. Sinto-me ótimo quebrando a ditadura do spandex, e quanto MENOS a roupa combinar com o design da bike, melhor o efeito (tem foto minha de exemplo, em post mais antigo neste blog).
    O que não é tão Chic é precisar colocar a barra da calça para dentro da meia, porque a @#$% da bike foi feita para pedalar de bermudas - nada de calças compridas.
    O que falta na mountain bike e na speed, e que sempre está presente nas bikes de rua europeias e nas clássicas beach cruisers, é uma simplíssima peça cobrindo os dentes rasgadores de calças da coroa de transmissão.
    Falta de visão dos fabricantes? Ô. E também falta de consciência do consumidor médio, que compra bikes horríveis em supermercados e nem aprende a usar para o próprio benefício os câmbios de marchas "estilo mountain bike" que vêm nelas.
    A mania de injetar excesso de testosterona em tudo dominou o design de bicicletas, em particular a mountain bike, concebida há 30 anos nos EUA (terra de origem do Hummer, do copo de refrigerante de um litro e outras troglodices) para ser brinquedo de marmanjos.
    A bike simples usada hoje por muita gente na cidade é uma imitação pobre de uma mountain bike norte-americana. Como tal, além de mecanicamente inadequada para se pedalar em trilhas, é por design inadequada para se pedalar vestido normalmente.
    Talvez estejamos recuperando o terreno perdido, porém, com as novas bikes com designs inspirados nas ruas da Europa, onde nunca chegou a haver uma ruptura tão completa entre esporte, lazer e transporte.

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  7. Mário, eu sempre levo velcro para prender a barra da calça, para não ter que prender com a meia (que além de feio, estraga a meia).

    Hoje em dia você encontra velcro dupla face em lojas de material de construção. Já vi numa loja grande velcro de várias cores.

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  8. Tá na hora de "alguém" postar alguma coisa aqui né Dona verônica?

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  9. Eu tenho vergonha de não atualizar, mas como dizia o Chave, eu aguento. :-p

    Mentira. Estou cheia de boas fotos. Em breve, novidades!

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